terça-feira, 6 de abril de 2010

Love

Não há palavras em versos para cantar a tua beleza. Não sei como metaflorear este sentimento, entraste no meu mundo, e fizeste de mim o teu lar.

És paixão, aquilo que de mais precioso trago em mim!

O sol quando nasce é para todos

     Sinto-me intrigada ao saber que a velha máxima "O sol quando nasce é para todos" tem vindo a ser destruída ao longo dos anos, desmentindo a ideia de igualdade e liberdade para todos, tido como incontestável em tempos passados. O mundo em que vivemos está cheio de ambiguidades e transformações muito rápidas a nivel económico, político, social, cultural e ambiental, exercendo pressões sobre a nossa vida, tornando-a mais complicada e difícil. Não obstante a tudo isso, é necessário uma profunda reflexão sobre o caminho que estamos a seguir.
     Temos de conseguir travar estes problemas da actualidade existentes em toda a parte do nosso planeta, temos de conseguir criar um novo ciclo de desenvolvimento global, integrando-o nos diferentes níveis da sociedade humana e, com isso, conseguir com que a solidariedade passe pelos conceitos e pela prática ligada à sustentabilidade.
     Não acredito que o sol nasça para todos, quando a crise a que assistimos actualmente tem vindo a ser um caminho sem fim pré-destinado, implicando a destruição do tecido económico, levando sectores de produção à falência e consequentemente, ao desemprego dos seus trabalhadores, fenómeno que tem vindo a tornar-se numa rotina.
     Não acredito que o sol nasça para todos, quando números de pobreza atingem milhões de pessoas e que diariamente somos bombardeados com valores cada vez mais elevados de miséria, aumentando as hipóteses de que a mudança para uma melhoria vai ser longa e sofrida, mas que tem de ser inevitável.
     Não acredito que o sol nasça para todos, quando existe um número arrepiante de milhões e milhões de crianças dos país subdesenvolvidos que morrem por problemas de pneumonia, malária, sarampo e HIV. Existem ainda crianças órfãs em todo o mundo, muitas delas, devido ao vírus da Sida.
     Não acredito que o sol nasça para todos, quando a educação, sector essencial, sendo um direito humano básico para o desenvolvimento e bem-estar dos indivíduos e da sociedade, é abandonado ou nem sequer frequentado por muitos.
     Não acredito que o sol nasça para todos, quando a criminalidade e a insegurança nas nossas cidades são problemas cada vez mais preocupantes e, se não forem combatidos, tornar-se-ão incontroláveis.
     Perante tudo isto, como pode o Homem, senhor do desenvolvimento, conseguir viver num mundo melhor?
     O sol nasce para todos!
     Hoje, depois de tantos problemas, sacrifícios e dor, lembramo-nos do valor da união e do amor às causas justas, lembramo-nos que todos nós temos problemas e que, apesar deles, o sol nasce para todos, para brancos, para afro-descendentes, católicos, evangélicos, judeus, ateus, budistas, ricos, pobres, para quem quer que seja, como um privilégio colectivo para tudo o que existe no mundo.
     Hoje, devo dizer que desespero, mas continuo a acreditar numa solução global em vez de mergulhar no pessimismo. Há que haver esperança, para ultrapassar as dificuldades, porque é para isso que existimos.
     O sol nasce para todos, mas alguns estão na sombra!