quarta-feira, 31 de março de 2010

Obrigado Avó!

Noite fria e chuvosa.
Senti necessidade de lá ir.
Sentei-me, esperei, entrei.
À volta dela inúmeras pessoas.
Dentro de mim um aperto.
Aproximei-me e chamei-a!
Sem resposta.
De repente, um sinal de vida.
Aquele olhar, aquela mão a apertar a minha.
Mas, retornou o sono.
Olhei uma última vez e saí.
Nesse instante apercebi-me da despedida.
Outro dia, outra noite.
De novo mais um dia.
Não saíra durante a minha memória durante todo o tempo.
Mistura de paz interior com revolta, dor.
Sensações boas e más.
Na minha cabeça, memórias, vivências, recordações, retorno a algo melhor.
Na minha cabeça, aquele olhar, aquele aperto de mão.
Alguém pergunta por ela.
O telefone toca, atendo.
Lágrimas, única resposta que podia dar.
A Avó tinha morrido.
Incoformidade, dor, muita dor.
Modo de diminuir o seu sofrimento e aumentar o meu.
A importância dela em mim, de eu nela.
De toda a aprendizagem, de todo o amor e carinho, de tudo o que sou,
Graças a Ela!
E a vontade constante de saber que está viva, na memória e no coração!

Obrigado Avó!

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